De acordo com dados atualizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção total de carnes bovina, suína e de frango deve alcançar 31,57 milhões de toneladas, mantendo o mesmo nível recorde registrado em 2024.
O principal motor desse desempenho está no crescimento da produção de carne suína e de frango. A suinocultura, em especial, deve atingir um novo recorde, com 5,56 milhões de toneladas, um crescimento de 4,4% em relação ao ano anterior. Esse avanço é impulsionado pela maior diversificação dos cortes ofertados no mercado interno e pela abertura de novos mercados no exterior. Com isso, as exportações de carne suína devem subir 9,7%, chegando a 1,45 milhão de toneladas.
A avicultura também apresenta números positivos. A produção de carne de frango deve atingir 15,48 milhões de toneladas, um crescimento de 1,5% em relação ao ano ado. A disponibilidade para o mercado interno vai aumentar 2,2%, totalizando 10,33 milhões de toneladas. Por outro lado, as exportações tendem a se manter estáveis, na casa de 5,13 milhões de toneladas.
Apesar de um caso recente de gripe aviária registrado em uma granja no Rio Grande do Sul ter impactado momentaneamente o ritmo dos embarques, a rápida atuação das autoridades sanitárias, com acionamento do Plano de Contingência, garantiu o controle da situação. A expectativa é de que os embarques internacionais sejam normalizados nos próximos meses.
No setor de carne bovina, o cenário é de leve recuo. A produção está estimada em 10,52 milhões de toneladas, reflexo da inversão do ciclo pecuário, com retenção de fêmeas e menor volume de abates. Mesmo assim, este será o segundo maior volume de produção bovina da história registrada pela Conab. A oferta para o mercado interno deve cair para 6,58 milhões de toneladas, enquanto as exportações seguem em alta, podendo chegar a 4 milhões de toneladas.
O mercado externo da carne bovina brasileira vem se diversificando. A China ainda é o principal destino, com 41% das exportações, mas outros mercados têm ganhado espaço. Os Estados Unidos, por exemplo, aumentaram significativamente sua participação, respondendo agora por 13% dos embarques, após crescimento de 56% no volume exportado nos primeiros quatro meses deste ano. As Filipinas também aparecem como destaque, absorvendo cerca de 20% das vendas internacionais.
A produção de ovos também segue em trajetória de crescimento. A expectativa é de um novo recorde, com 48,5 bilhões de unidades em 2025, um aumento de 5,4% em relação ao ano anterior. Esse volume reforça o abastecimento do mercado interno e ainda permite crescimento nas exportações, sem comprometer a oferta nacional. A disponibilidade interna deve crescer 2,6%, chegando a 4,13 milhões de toneladas de ovos destinados ao consumo.
Fonte: Pensar Agro